sábado, 17 de junho de 2017

OS DEDOS DO TEU CORAÇÃO

Digo que não quero que te escondas,
Mas peço que busques a tua melhor face.
Acolho-te em meus braços,
Mas peço que não me quebres as pernas.
Estamos a poucos passos um do outro
Ao modo que o inverso nos obsoleta
Se te quero sem bagagem
Vens morar em mim, na espaçosa residência do meu amor,
Mas nota, bem, o teu atraso, 
Pois o mapa do desconhecido pede-me desembrulhá-lo.
Vira pra ti a minha rota,
Gira o mundo com os dedos do teu coração
E desembaraça os cabelos da nossa história
Para que não sejam os relógios nossos escalpos
Mas a coragem, parturiente dos nobres, a nossa confirmação.