sábado, 23 de julho de 2011

ALGUNS TROCADOS...


Paredes suas, comida fácil, nutrientes de self serfice.
Amores  agendados e cds aposentados no museu da estante de metal pelos cliques do mouse e pelo you tube.
Modernamente,  com um belo sutiã à mostra na blusa decotada, ela sai para um programa com os amigos, os que estiverem liberados. Falam idéias intelectualizadas, motes de transgressão e poemas ensaiados no pequeno recital da mesa  e bebem, para descer seus engasgos, antes do assunto solidão. Psicólogos fraternos e desabafos filtrados para não gerarem problemas sociais.
O telefone, no bolso, não toca a ansiada ligação, que tantas outras não suprem.
E vem a noite, a lua-irmã de todas as mulheres... quiçá um motel, quiçá a porta de casa.
Ela toma um banho, se hidrata, passa cremes anti-idade, deita sob seus cobertores, que combinam com a decoração da casa e dorme.
Sonhos para essa dama, nem mesmo assombrada! A casa é só dela. Quisera um fantasma.
Na madrugada ela acorda. Abre o computador e escreve. Três versos de um poema em construção e o primeiro conto do blogger que criou. Possível que ninguém leia nada, mas esvaziada, o sono finalmente vem e ela dorme, capotada.

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