terça-feira, 17 de julho de 2012

Ode ao sujeito inveja, em detrimento das conjugações verbais!



A inveja é um sentimento feminino. Os homens também sentem, claro! Mas eles não tem classe pra esse tango.
É o desejo do que se gosta, para nós mulheres. Pelo menos eu acho isso.
Para eles é ter exatamente o que o outro tem. Não serve semelhante, cópia, gêmio, duplicata de fábrica. O foco deles é a pessoa que tem e não o que ela tem.
Não sou dessas, mas confesso que quando a tal dama surge eu não fecho a porta, não! Porque ela vem com o cheiro de todos os meus desejos. 
Aquela jura de amor que não foi feita pra mim... Um lugar que não ocupei, mas gostaria... Um verso inacreditável que outro poeta tenha feito... A loura da minha adolescência por quem todos se derretiam...
E o que há de antinatural nisso? É que nem o ronco, que é uma das atividades mais involuntárias do ser humano.
Ninguém tá defendendo o verbo! Ser invejoso é buraco negro no formato de tumor.
Mas o deparar-se com a inveja - sujeito - e trocar uma boa ideia com ela, quando essa se apresenta ao invés de rejeitá-la é muito mais esperto do que mascarar o sentimento.
Dá pra tirar uns estudos. Porque se eu quero o que não tenho e identifico o que quero, ainda tenho como resolver. 
Me preencho nesses momentos muito mais da confirmação dos meus sonhos do que daquilo que roi. O mal não faz muita festa na minha alma.
No final das contas ouvi outras juras... ocupei outros lugares... fiz outros poemas... e fiquei eu mesma loira.
E se sacudirem novamente esse pomo da discórdia diante de mim, eu mordo! Faço bem a digestão e boto pra fora, de preferencia em uma boa quantidade de palavras.
E se a maçã estiver envenenada de consciências mortíferas... eu dormirei bem bonita, pra manter em mim todo sonho até que um beijo de amor verdadeiro me acorde novamente.

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