sexta-feira, 2 de maio de 2014

SANTUÁRIO

Não me interessa seu corpo, eu quero um pouco da sua alma!
Meu coração tem os milagres de Maria,
Minhas lágrimas são douradas como as do espírito das cachoeiras.
Eu tenho mãe, eu serei mãe.
A luxúria não sacia meu apetite.
Além do topo do meu interior, que você alcança, tem uma flecha infinita.
O amor é o gatilho dessa flecha!
Minhas memórias são os ossos da minha história,
Cada respiração e tudo que faço, desperta ou desfalecida, são atuais e contínuos.
Do meu beijo saem canções numa língua que não conhece.
Sou a sacerdotisa e a escolta do meu santuário.
Sua ignorância não me causa mais que escoriações... eu saro.
Igual à uma árvore muito velha, em minha seiva há sagrada fonte de vida.
Só vou, se puder operar milagres.



Um comentário:

  1. "Minhas memórias são os ossos da minha história" essa frase é tempestuosa.

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