quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Estrada...


O que foi que aconteceu pra ele pegar as malas e partir?
Caminho seu. Em busca da alma que perdeu.
Naquela noite sentou na beira da estrada e não dormiu.
Um norte aos seus pés se formava, a sorte virava e ele riu.

Lembrou da ciranda da tarde passada,
Da moça enfeitada que um beijo pediu
Do cair do sol que assistiu sem ninguém
Cercado porém de recordações,  algumas canções que ele repetiu.

Tinha nas mãos a medalha
Igual àquela que a amada ganhou.
A pele mal agasalhada, vento – madrugada
Disso ele gostou. Se encolheu... pensou...

O que foi que lhe botou, iniciando aquela caminhada sem saber
O que deixou, no rastro das suas passadas queria esquecer.

Ia encontrar consigo, coração pra um abrigo antes enviou
Seu nome foi pelo correio, mas seu paradeiro nem pra ele contou.
Voou... seguiu...

Disseram que foi pra esquecer um tempo doído que não se acabou
Disseram que foi conhecer um Deus seu amigo, um Diabo doutor
Alguns suspeitavam que ele tinha cometido um crime qualquer
Fingia... sorria... pedia:
Que no final do caminho não mais se lembrasse da louca saudade daquela mulher.

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