Eu sou um bicho estranho, tão dado quanto arredio. Você não me conhece o suficiente, seja quanto tempo ou intensidade tenha convivido comigo.
sexta-feira, 24 de junho de 2016
domingo, 19 de junho de 2016
Depois dos farrapos...
Ó, Jah jah, tá tudo entregue, viu? Meus olhos mais claros,
minhas vontades absolutas, minha espinha dorsal e os cuidados que sempre terei com a amada alma que me deu.
Desmistificando a matéria vem a efemeridade da vida e a
eternidade do espírito.
As estradas mudam, num piscar de olhos. Quem seria eu sem a proteção divina, pelos caminhos?
As estradas mudam, num piscar de olhos. Quem seria eu sem a proteção divina, pelos caminhos?
Se há coragem pra ser o que sou, com a elegância adquirida
em anos de tombos e escoriações, é
graças ao entregue espírito que sempre tive, mas não entendia direito.
Mesmo de pés quebrados eu voltei pras sapatilhas,
porque é parte da minha natureza, assim como a poesia, os livros, a fé, a
permissão, os sabores das coisas e a verdade.
E quando o sol volta, depois de uma noite fria ou cai uma
chuva boa no sertão, tudo se torna esperança e constatação de ciclos.
Vamos ficando tão esfarrapados, em alguns momentos das nossas
vidas, que não percebemos que é só o nascimento de uma estrela, no centro de nós.
Faz-se necessário respirar, ouvir o eco do próprio silêncio pra conversar consigo. E essa reunião vai ser tão bombástica como a que pretende ter com Deus.
O tempo é senhor de mudanças e perdemos grandes momentos de
auto-compreensão distraídos, covardes ou egóicos.
Uma vez que a luz nasce no nosso entendimento, começamos a
caprichar na composição das nossas vidas e é aí, que Jah vem resplandecer.
Não importa o nome ou o que você entende por Deus, se traduziu minha prece o seu é o mesmo que o meu.
O futuro é meu presente, dado a mim e que retribuo a quem me presenteia. Sou a mão que escreve o verso, não a inspiração.
No fundo não passo de uma travessadora.
O futuro é meu presente, dado a mim e que retribuo a quem me presenteia. Sou a mão que escreve o verso, não a inspiração.
No fundo não passo de uma travessadora.
terça-feira, 10 de maio de 2016
Seja franco e seja você, independente dos jogos e das
roletas.
O que o mundo der você mata no peito, se tiver a coluna
bem encaixada e não fazendo curvas pra caber em algum lugar.
Devolve a incompreensão com arte, o truque com sua verdade.
Vão eles então, quietinhos, disfarçados... com suas bagagens entocadas.
Vou eu, sonora e misturada, abrindo mão de todas as capas,
de todas as vendas, de todas as escoltas que me foram preparadas. Eu quero mais
é iluminar a mim e a todos, só por isso incandesço, só por isso que apareço.
E não me doem mais as farpas e os espinhos que tenho que tirar,
cada vez que eu atravesso uma jornada. Criei olhos melhores pra ver como
sair das suas matas fechadas e perdoei tanto e tanto e tanto que até por mim
fui perdoada.
Gosto do ser humano,
gosto de observar ele ser lindo e terrível, já estou acostumada com todo mal
que você possa estribuchar pra mim e, mesmo assim, não me arrependo de ter sido
sempre eu – aqui e ali melhorada, certa da nobreza e por ela fortificada.
Eu sou livre pra ser quem eu sou e só eu sei tudo que antes
me aconteceu, pra que chegasse esse ponto da estrada.
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