sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sangue de Israel!

Vem cá que eu vou mostrar uma poesia daquelas de doer o osso!
Você gosta de poesia, não é?
Então presta atenção que vou pegar dois bisturis, emprestados dos seus dois olhos e fatiar meu coração pra você ver.
Tem muita poesia no sangue coronário. Bota na taça e bebe devagar que a onda é certa e o efeito sem hora pra acabar.

Quando resolveu abocanhar o amor de uma poeta, achando que suas metáforas eram mais úmidas que ela, provavelmente não tomou o cuidado de manter intacta a veia venenosa ou inventou um antídoto.


Não se bole em caldeirão de bruxa antiga sem saber ao certo que poções ela guarda na despensa.


Meu batom vermelho se infiltrará pra sempre na sua pele e a marca nunca mais conseguirá ser apagada,

a cor das minhas íris e o dourado dos meus cabelos serão lente eterna das suas emotividades
e você terá que lidar pra sempre com a falta da minha presença constante, que não mais estará na sua vida.

Por acaso pensou que a minha liberdade era leviandade?

Meu querido, eu sou certeira na minha confusão. Sou a Grande Deusa, uma das ninfas de Baco, a sétima rainha poeta, eu sou o mar!

Esse sangue que corre do meu coração em fatias é hebreu. Avisem aos vampiros que será distribuído o sangue de Israel!


Homem meu não vira amigo. Vira amante, saudade, promessa ou cinza na mesma fogueira onde me queimaram em vidas passadas.

Meu amor é tão grande quanto o firmamento!

Quem sai daqui vai ter a chave do paraíso ou lembrança nítida da terra esquecida por mim, onde dança o capeta do arrependimento.


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