Essa madrugada, a vontade de escrever um poema não me deixou
dormir.
Ela puxava meus lençóis
e me importunava com beliscões.
Mas também me beijava a boca, deitava meu pensamento no
peito e trazia gotas do sereno mais puro, que só essa hora fabrica, pra saudar
minhas lágrimas caídas em horas passadas.
Falava indecentemente sobre os meus secretos e
declarados amores, de todos os tipos. Dos pensamentos que eu tinha tentado
controlar essa manhã. Das minhas últimas escolhas... Sussurrava.
Tanto buliu que me botou com tesão. Levantei e escrevi.
Só que falei dela, pra danada se aquietar e me deixar
dormir.
Sabe como é vontade, não é? Dá e passa!
Mas, dá mais que chuchu na serra! E quando passa, a gente
tem vontade dela dar novamente.
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